As empresas não são seres inanimados… pelo contrário! Vivem, respiram e estão em constante evolução, sendo os colaboradores os ativos mais importantes. Deste modo, para serem atingidas metas empresariais, as estruturas terão de ser formadas por indivíduos com potencial para alcançarem as mesmas. Apesar desta observação poder ser evidente na teoria, assistimos frequentemente à não conjugação entre o capital humano e as ambições das organizações.
Se por um lado, observamos empresas que não conseguem identificar profissionais que se integrem com os exigentes e elevados objetivos de crescimento e de faturação, por outro, assistimos a estruturas com deliberadas opções estratégicas e operacionais limitadas que poderão ter maior dificuldade em atrair e reter colaboradores que não partilhem de uma visão mais modesta.
Em qualquer um dos casos, o potencial humano existente na empresa (e aquele a ser recrutado) deverá ser incorporado com a cultura e a ambição da organização. Isto implica que se conheçam os recursos humanos existentes na organização. Isto passa por avaliar o potencial, ou seja, a capacidade de vir a desempenhar uma determinada função num determinado momento no tempo, assim como a motivação para a mesma, face ao contexto externo (económico e de mercado) e interno (cultura organizacional), o que torna esta temática uma das mais importantes na verdadeira gestão de recursos humanos.
Conjugar todas estas variáveis é o desafio!
Enquanto recrutador, tenho vindo a assistir ao resultado prático destas ações, tanto do ponto de vista empresarial, como do colaborador.
Pela vertente das empresas, a importância desta temática está a crescer de uma forma consciente na mente de quem decide. Analisar o potencial de um novo colaborador, torna-se cada vez mais importante face à estratégia da organização. Gerir expectativas de ambas as partes torna-se crucial, a fim de evitar desmotivação.
Na perspetiva do candidato, decorrente da sua área de negócio e de experiência, as variáveis para aceitar um novo projeto profissional (interno ou externo) são diversas. No entanto, podemos salientar que no atual contexto organizacional, os colaboradores sentem cada vez mais a necessidade de conhecer a estratégia como um todo. Assim, surge um profissional envolvido na orientação da empresa, motivado na busca dos objetivos e apto a desenvolver em pleno o seu potencial.
Gerir os conflitos entre os objetivos individuais e os objetivos da empresa está entre as principais tarefas do novo líder, que o antigo chefe não ponderava.
Esta missão prende-se com a motivação. Efetivamente, apenas se chega a uma gestão eficaz quando se compreende as necessidades do colaborador, tanto na empresa, como na vida pessoal. Os verdadeiros líderes devem atender às necessidades do colaborador, colocando-o em posições onde possam expressar o seu pleno potencial, garantindo a maximização de resultados.
Compreender a empresa como um todo, formado por indivíduos com expectativas e sonhos, será a base para atingir a consonância entre objetivos. Evidentemente,a cultura organizacional precisa de ser coerente, demonstrando o seu empenho no aperfeiçoamento do potencial dos seus colaboradores e procurando alinhar-se com os objetivos gerais.