O processo de outplacement é a solução profissional de demissão de um funcionário trabalhando na sua realocação noutra organização. Este serviço está a ser cada vez mais considerado como um tema de responsabilidade social e de reputação no mercado. Por outro lado, tornou-se num fator a considerar no âmbito da negociação de saída com um colaborador. Por norma, um quadro médio ou superior.
No que concerne à responsabilidade social, as organizações começam a ver no serviço de outplacement a oportunidade de humanizar o processo de demissão (por vezes totalmente inesperado por parte do colaborador) e minimizar o impacto que assume na vida desse indivíduo. Encontram nas empresas de outplacement, e nas empresas de recrutamento e selecção com este tipo de serviço, os parceiros adequados para preparar o colaborador para o próximo passo na sua carreira.
Uma estratégia de gestão de recursos humanos?
Relativamente à reputação da empresa, há uma questão deve ser realçada. São cada vez mais as organizações que investem no processo de outplacement como uma estratégia de gestão de recursos humanos. Indubitavelmente, ninguém irá demonstrar interesse em trabalhar para uma empresa que não se preocupe com os seus colaboradores. O employer branding de uma empresa também deve ser trabalhado através da forma como se gerem os processos de saída. Está a tornar-se num aspeto diferenciador no momento de competir pelos melhores talentos. Esta atitude gera uma imagem institucional positiva a nível interno (seus colaboradores) e externo (fornecedores, clientes e potenciais colaboradores).
Do ponto de vista da negociação, tem-se vindo a assistir a uma tendência por parte dos colaboradores. Estes optam por abdicar de uma fração de valores monetários afetos à indeminização, para acederem a um serviço que os ajudará a orientar o regresso ao mercado de trabalho. Uma propensão que as organizações estão a cimentar junto dos colaboradores que se encontram afastados da atual dinâmica da pesquisa de emprego.